Palestra do cordelista e pesquisador de cordel Jotacê Freitas a Escola Manuel Lisboa no dia 02 de junho do decorrente ano.
Apesar de muitas pessoas acreditarem que o cordel é nordestino, ele chegou ao Brasil com os portugueses, mas também não é português. O cordel na verdade é uma literatura popular universal que chegou ao Brasil com o nome de cordel porque em Portugal era vendido pendurado num cordão ( cordel).
Segundo o cordelista e pesquisador de cordel José Carlos Freitas (Jotacê Freitas), o cordel existe na França com o nome de literatura de pescoço ou literatura de cangote porque os livros são vendidos em uma bandeja pendurada no pescoço, na Espanha onde recebe o nome de folha solta, na Arábia com o nome de chacare, na Alemanha, na Itália e na África onde ha pouco tempo foram encontrados escritos de literatura de cordel com cerca de quinhentos anos.
Todas as pessoas sabem um cordel porque desde crianças brincam com , os versos “Batatinha quando nasce” e “Sete, sete são catorze” sem saber que são exemplos de cordel, por isso respeitando as regras podem fazer um cordel.
Para ser cordel é preciso haver rima, sete ou dez sílabas, está dividido em estrofes de quatro versos (quadra), seis versos (sextilha), sete versos (setilha), oito versos (oitava) ou dez versos (décima) e as rimas devem acontecer aos pares.
Com a ajuda da comunidade escolar Jotacê escreveu alguns cordéis.
X minha vida é alegre (mi / nha / vi /da /é a / le / gre) sete sílabas
A Eu não posso me queixar
X Tomo banho de cachoeira .
A Isso me faz relaxar
X Como, durmo, bebo e sonho
A Fico em qualquer lugar
É uma sextilha, pois possui seis versos.
Rima aos pares X com X e A com A.
Possui sete sílabas.
2 Ensina com muito amor
3 Seja noite, ou seja dia
4 Pra você sair doutor
5 Não importa quem estuda
6 Pequeno, grande ou cantor.
Nesse cordel a rima acontece nos versos pares (2, 4 e 6).