terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Tabuleiro Digital.


Tabuleiro Digital: Uma Experiência de Inclusão Digital em Ambiente Educacional é o título de um dos capítulos do livro Inclusão digital Polêmicas Contemporânea que é o segundo volume de uma coleção organizada pelo grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Faced / UFBA).

O capítulo trata da relevância da cultura digital na formação do(a)s professo(a)s através das experiências desenvolvidas com determinadas ações como a adoção de softwares livres nas universidades, a educação a distância (EAD) com a intensificação do uso de ambiente livres a exemplo do Moodle, o envolvimento de universidades com o programa Cultura Viva do Ministério da Cultura através do desenvolvimento de projetos de Pontos e Pontões de Cultura. Tendo como principal objeto de pesquisa o Tabuleiro Digital.
O Tabuleiro Digital é um projeto implantado em 2004 com o objetivo de favorecer a universalização do acesso às tecnologias da informação, através da oferta de terminais de acesso público e livre à computadores conectados à internet, objetivando, assim, a leitura/escrita de e-mails e navegação na internet. (PRETTO; SAMPAIO; ROCHA, 2004,167).
Ao contrário do que muitas pessoas pensam o Tabuleiro Digital não foi implantado apenas na Faculdade de Educação (FACED) foi implantado também no município de Irecê incorporado ao chamado Espaço UFBA e parte de um projeto maior de atuação da Faced no município; e no bairro de Pirajá, em Salvador, numa parceria com o projeto Onda Solidária de Inclusão Digital, coordenado pela professora Débora Abdalla.
O Projeto foi nomeado de “Tabuleiro Digital” inspirado nos tabuleiros das baianas de acarajé, por isso a sua principal característica é o seu desenho arquitetônico e o uso intensivo de software livre a partir de unidades removíveis, sem o uso de discos rígidos internos, sendo dispostos em dois, quatro ou seis computadores em um móvel. O móvel foi desenhado por Eduardo Rosseti que na época era mestrando de arquitetura, ele buscou unir ao projeto inclusão digital elementos da cultura local. Sendo assim havia a intenção de dar ao Tabuleiro Digital uma característica presente nos tabuleiros das baianas de acarajé que é a presença das pessoas ao seu redor, pois o mesmo no lugar onde chega tem a capacidade de mudar a estrutura do espaço atraindo o interesse das pessoas.
O Tabuleiro Digital possuía regras as quais não buscavam determinar o que as pessoas deveriam acessar, mas sim o tempo disponível de uso a cada pessoa para que todas pudessem fazer uso das máquinas o fato de não determinar o que as pessoas podiam acessar causou polêmicas, porque muitas pessoas da comunidade acadêmica não entendiam os jogos como atividade importante para o desenvolvimento das crianças e adolescentes.   .
Ao ler este capítulo me lembrei de quando cheguei a FACED e o Tabuleiro Digital já estava em infelizmente acabando e mesmo assim com um equipamento precário e obsoleto ainda havia nos halls de todos os andares crianças e adolescentes das comunidades vizinhas utilizando os computadores do Tabuleiro Digital, percebi pelos comentários de alguns aluno(a)s tanto de semestre anteriores como da turma da qual eu faço parte certa rejeição, que estava envolvida por muito preconceito em aceitar a presença de pessoas que não faziam parte do mundo acadêmico, pois este(a)s acreditavam que o Projeto só deveria ser para o(a)s aluno(a)s da unidade (FACED), em seu egoísmo não percebiam que eram apenas crianças e adolescentes que não tinham computador em casa e que utilizavam o espaço do Tabuleiro como momento de lazer e a única forma de se INCLUIR SOCIALMENTE.

Tabuleiro Digital: Uma Experiência de Inclusão Digital em Ambiente Educacional