quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cadê a Inclusão digital?

A UFBA oferece aos/as aluno(a)s bolsistas PIBIC o curso de inglês PROFICI / PROEMI / ENGLISH. Para o(a)s aluno(a)s que não tem computador e não possuem renda que permita a compra do mesmo o Programa oferece o adiantamento de três meses de pagamento da bolsa ou empresta um notebook que será devolvido no final do curso, pois o curso de inglês oferece aulas online aos sábados,  apesar do beneficio ainda há na FACED  muitos os casos de aluno(a)s bolsistas que não possuem computador.
 No grupo de pesquisa que faço pare Rede Cooperativa de Pesquisa e Intervenção em (In)formação, Currículo e Trabalho (REDPECT) duas das quatro bolsistas PIBIC se inscreveram a quase um ano, no entanto nunca receberam o notebook.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Inclusão Digital de Idosos como exercício de Cidadania.

Ao ingressar na faculdade percebi o quanto a comunidade acadêmica tem uma visão limitada em relação à inclusão e a construção de projetos relacionados à permanência de aluno(a)s na universidade. A concepção limitada sobre a vasta temática inclusão se faz presente na figura das minhas colegas ditas “idosas” que são vistas por muitas pessoas como vovós que deveriam ficar em casa tricotando e cuidando do(a)s neto(a)s, mas elas não são apenas vovós também são universitárias e o mínimo que a academia deveria fazer era se orgulhar da presença delas e se preparar para recebe-las com dignidade.

 Digo isso porque no curso de pedagogia não é levado em consideração o fato da maioria dessas pessoas não terem tido acesso ao mundo digital e que por esse motivo não conseguem utilizar o computador com a mesma agilidade do(a)s aluno(a)s que estão inserido(a)s no mundo digital. A pessoa idosa tem condições de aprender a utilizar o computador da mesma forma que aprendeu por necessidade a usar outras tecnologias como: carros e eletrodomésticos mais sofisticados e os caixas de banco, o computador também é necessário porque com ele essas pessoas viajam o mundo e driblam a solidão através das redes sociais.
O Projeto PotenciaIdade: A Inclusão digital de idosos como exercício de cidadania foi realizado na Unidade Acadêmica Instituto de Geriatria e Gerontologia (Geronbio / IGG/PUCRS), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, tendo como responsáveis Newton Luiz Terra/Diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia (terranl@pucrs.br), Rodolfo Herberto Schneider/Coordenador do Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica (rodolfo.schneider@pucrs.br), Carla Helena Augustin Schwanke / coordenadora do Projeto PotencialIdade (schwanke@pucrs.br) com o objetivo de  prompver a inclusão digital de idosos para o exercício da cidadania e conscientização dos direitos sociais por isso:
No presente Projeto parte-se da premissa de que idosos conscientes de seu potencial para a aprendizagem e de sua corresponsabilidade com o próprio desenvolvimento, ao dominarem as rotinas de uso de ferramentas informatizadas, tornam-se idosos impulsionados por metas motivacionais para a aprendizagem, o reconhecimento e a valorização na família e na sociedade e o auto reconhecimento e a autovalorização (ALONSO TAPIA, 2005).
A partir do momento que a Unidade (Geronbio / IGG/PUCRS) utilizou idosos como objetos de pesquisa sobre inclusão digital e obteve bons resultados está provado que as academias  precisam  ampliar o conceito em relação a inclusão digital para que de fato ela aconteça sem que alguns aluno(a)s fiquem pelo meio do caminho.
Projeto PotenciaIdade: A Inclusão digital de idosos como exercício de cidadania

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Mapa da Violência 2012 - Atualização: Homicídio de Mulheres no Brasil.

Analisando a evolução da taxa de homicídio feminino no Brasil no período entre 1980 a 2010 é possível perceber um aumento na taxa que varia de 2,3 a 4,6 para cada 100 mil mulheres no país.
Segundo o Mapa da Violência 2012 - Atualização: Homicídio de Mulheres no Brasil a taxa de homicídio feminino no país durante o período entre 1980 a 1996 duplicou e no período de 1996 a 2007 houve um declínio durante o primeiro ano de atuação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006), mas logo em seguida voltou a subir e atingiu a taxa de 4,6 em 2010.Não basta sancionar uma lei para resolver problemas culturais como o machismo no Brasil, a aprovação  da Lei sem dúvida é um grande passo no combate ao sexismo, mas não podemos acreditar que a sociedade machista ficou estagnada, pois assim como os movimentos sociais exigiram do Estado a assinatura da Lei a sociedade machista encontrou na Lei brechas que ajudaram a burlar a própria Lei como a coação das mulheres para que elas retirassem a queixa contra o homem agressor, ato que sem dúvida também contribuiu para mais uma vez aumentar as agressões contra as mulheres e elevar a taxa para 4,6 em 2010.
Em 2012 foram aprovadas alterações que deixaram a Lei Maria da Penha mais rigorosa, como: as mulheres agredidas não podem mais retirar a queixa contra o homem agressor e, além disso, qualquer pessoa pode comunicar à polícia e registrar uma ocorrência quando se deparar com uma situação em que um homem agride uma mulher.
Para fazer vale a Lei é preciso estar atento às manobras da sociedade machista seguindo o exemplo do Observatório da Mulher.
Observatório da Mulher.
Mapa da Violência 2012 - Atualização: Homicídio de Mulheres no Brasil.
http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/images/stories/PDF/pesquisas/MapaViolencia2012_atual_mulheres.pdf

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Assinar a petição é dizer não ao sexismo.


Eu assinei, assine. A jovem indiana é mais uma dentre muitas indianas, brasileiras e tantas outras mulher espalhadas pelo mundo vítimas do sexismo.
Assinar a petição é dizer não ao sexismo, não importa a nacionalidade somos mulheres e o fato de sermos mulheres não pode nos deixar vulneráveis ao machismo.


Mensagem original da Avaaz.org - The World in Action

Cara comunidade da Avaaz,




Uma estudante de 23 anos morreu depois de ser estuprada por uma gangue em um ônibus por horas. Foi a gota d´água na guerra global contra as mulheres. Junte-se aos protestos na Índia, e peça ao governo para reforçar as leis e lançar uma campanha de educação pública para desafiar e envergonhar as atitudes grotescas que levaram a esta violência:


Sign the petition
Ela era uma estudante de fisioterapia de 23 anos que pegou um ônibus em Nova Délhi no mês passado. Seis homens trancaram a porta e a estupraram barbaramente por horas, inclusive com uma haste de metal. Eles a abandonaram nua na rua, e depois de corajosamente ter lutado por sua vida, ela morreu na semana passada.
Em toda a Índia, as pessoas estão protestando para dar um basta nesta situação. Na Índia, uma mulher é estuprada a cada 22 minutos, e poucas encontram justiça. Globalmente, 7 em cada 10 mulheres serão abusadas fisica ou sexualmente em sua vida. O horror em Delhi é a gota d´água. Estamos em 2013 e a guerra brutal contra as mulheres no mundo precisar acabar. Podemos começar essa jornada pela Índia.
O governo está aceitando comentários públicos nas próximas 24 horas. Precisamos urgentemente de um melhor policiamento e um concreto programa de educação pública para mudar as atitudes grotescas, mas comuns, do sexo masculino que permitem a violência contra as mulheres. Se 1 milhão de nós nos juntarmos ao pedido por ação, poderemos ajudar a fazer deste terrível episódio a gota d´água e o início de uma nova esperança:

http://www.avaaz.org/po/end_indias_war_on_women/?blxHzdb&v=20673


Temos apenas 24 horas para influenciar a Comissão Oficial criada para encontrar formas de reprimir a onda indiana de violência sexual. Se conseguirmos mostrar o verdadeiro sucesso nas mudanças de atitudes na Índia, o modelo poderá ser aplicado em outros países. O dinheiro gasto pagará a si próprio por meio da redução da pobreza e promoção do desenvolvimento, pois o tratamento e o empoderamento das mulheres têm sido identificado como um dos maiores incentivos de progresso social e econômico. Clique para enviar uma mensagem diretamente para o governo indiano:

Com esperança e determinação,

Emma, ​​Ricken, Luis, Meredith, Iain, Ian, Marie, Michelle, Alaphia, Allison e toda equipe da Avaaz.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Inclusão digital de Mulheres negras.

No vídeo Inclusão digital de mulheres negras a professora Janja Araújo comenta sobre a situação das mulheres negras na sociedade e como a inclusão digital se faz presente de maneira equivocada na vida destas mulheres.
Ao se pensar em tecnologia é preciso considerar a real situação destas mulheres, pois a  maioria delas ainda encontram-se assumindo profissões subalternas ou desprestigiadas tendo as empregadas domésticas como a grande prova dessa realidade, a de se pensar também que essas mulheres em casa gastam a maior parte do tempo lavando roupas e cuidando das crianças, por isso nada melhor que fazer uso da tecnologia incentivando a Secretária de Políticas para mulheres da Presidência da Republica a criar um programa em que se construa lavanderias comunitárias com máquinas de lavar e não com tanques.
O acesso a internet hoje se tornou mais do que uma ferramenta de formação se tornou um espaço de consumo, por isso é preciso pensar essa “inclusão digital” porque a forma como ela acontece é perversa, visto que apenas insere essas mulheres num mundo que não é satisfatório e para o qual elas não estão preparadas dessa forma elas acabam entrando em um universo de troca, uma troca simbólica logo quando elas não tem recurso para determinadas coisas acabam entregando o que tem “e o que tem é o próprio corpo” então essas mulheres terminam expondo o próprio corpo.
Segundo a professora Janja Araújo é preciso reestruturar o espaço formativo dessas pessoas dentro da rede considerando que há necessidade de discutir os conteúdos do mundo digital e a partir dessa discussão promover, produzir, provocar culturas para que ele seja usado de modo consciente.
No segundo vídeo Eliane Boa Morte discute a formação e inclusão consciente dessas mulheres no mundo digital e a inclusão digital para mulheres sendo usada como suporte para a discussão de gênero e raça, discussões que permite as mulheres entenderem o que é troca simbólica e a importância de preservar o próprio corpo.

Inclusão digital de mulheres negras:

  • Entrevista com Rosângela Araújo (Janja Araújo), professora da FACED / UFBA e Mestra em        Capoeira Angola do Instituto Nzinga - Mulheres Negras e Inclusão Digital:  www.youtube.com/watch?v=0WKV23QPET4
  • Entrevista com Eliane Fátima Boa Morte do Carmo (Eliane Boa Morte), Gerente de Políticas Temáticas da Superintendência de Políticas para Mulheres:  Inclusão digital para mulheres usada como suporte para a discussão de Gênero e Raça: