Até o final da década de 1980 acreditou-se que os indígenas foram os primeiros habitantes do Brasil. Mas a partir da década de 1970 a história da civilização brasileira foi modificada com as pesquisas de Niéde Guidon, no Piauí, e com a descoberta da arqueóloga francesa Annette Emperaire. Em 1975 a arqueóloga desenterrou um crânio em Lagoa Santa, Minas Gerais, e o enviou ao Museu Nacional da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, quando a caixa que abrigava o crânio chegou ao museu foi ignorada e esquecida num canto.
Após mais de uma década de esquecimento a caixa no final da década de 1990 foi encontrada pelo arqueólogo Walter Neves, da Universidade de São Paulo (USP), que ao redescobrir o crânio se surpreendeu com as observações que fez.
Constatou-se que o crânio era de uma jovem que recebeu o nome de Luzia em alusão a Lucy, nossa ancestral mais antiga, com mais de três milhões de anos, encontrada na Etiópia, África.
Os cientistas da Universidade de Manchester, Inglaterra se interessaram por Luzia e utilizaram as mais sofisticadas técnicas de computação gráfica para reconstruir o seu rosto, possibilitando ao artista plástico Richard Neave moldar o crânio em argila para dar forma a Luzia: uma moça aparentada de africanos e aborígenes australianos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário